página inicial
letras e afins
entrevistas
depoimentos
ouvir
um video
fotografias
mural
mural
contatos
contacts
contatto

 



a menina morta


nem que fosse um beijo seria o futuro
(e ninguém duvida de beijos envenenados,
beijos de fronte exposta, de fonte rara),
daquela noite de mágoa aberta,
sempre que a hora é morta o suor hemorrage
escuro, nunca como a magreza das ancas,
– claro, vimos a cama, os lençóis brilhantes,
a cova aberta justo no abismo da noite,
a razão exata para aquilo, a cama, os lençóis brilhantes... -
em que verdade pusemos esses dados
os beijos envenenados e a casa, o palavrio,
seja onde caibam as lutas perdidas
– claro, vimos os órgãos, a menina do
piercing, aqueles lábios vinho, -
e os filhos do futuro sem beijo da ferida,
o mito cicatrizado das raízes, vontades
– claro, como aquela coisa branca, ali,
pintada de um dia, claro, como aquela santidade

música marcelo gargaglione e luis maffei
letra luis maffei e marcelo gargaglione (farsa introdutória)

luis maffei violão, canto
marcelo gargaglione canto, fala poética

luizão bastos canto, percussão (tambores, caixa, pratos, congas, surdo)
michael machado guitarra elétrica  
voltar