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texto lido em “rio branco”


              A modernidade arquitetônica que se impôs às grandes cidades no início do século XX reconstruiu necessariamente a relação do indivíduo com o ambiente urbano. A maioria das construções ambicionava uma nova maneira de a cidade se construir, porém mais em função daquilo que se impunha como necessidade de aparente progresso que das demandas concretas da população. Desse modo, inúmeros dos contrastes que ainda hoje se verificam nas metrópoles devem-se ao período decisivo que foi o princípio do século XX.               A cidade, logo, ainda que seja vista por parte de sua população como mãe, mesmo porque o substantivo é feminino, pode ser encarada, sendo ainda tratada femininamente, como uma prostituta nem tão cara assim, mas capaz de levar seus apaixonados habitantes à mais completa desordem psíquica e afetiva.  Por outro lado, se se vê uma cidade homem, máscula, poucas figuras seriam mais precisamente analógicas que a do cafetão, pois ele explora, violenta, mas cria uma dependência quase insuperável, tanto no que tange ao sustento como à sexualidade.


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